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FOTOS ANTIGAS - JARDIM / CAMPO DAS FESTAS

A cerca do antigo Convento de São Francisco, foi o primeiro Cemitério Municipal da Covilhã. Os enterramentos terminaram ali em 1874, devido à construção do novo Cemitério na zona do Gameiro, que ainda hoje existe. Foram necessários alguns anos para a transladação dos mausoléus, jazigos, campas rasas e sepulturas, para este novo cemitério.

 

No ano de 1908, os terrenos foram utilizados para a construção de um jardim público, na altura considerado uma interessante parcela do património citadino.

 

Foi autor do seu traçado João de Ascensão Loriga, também autor do projeto do coreto. Além da finalidade recreativa, este jardim, do princípio do século XX, teve outras funções. Foi local de festas complementares da Feira de São Tiago (que voltou a este espaço de 16 de Julho a 1 de Agosto de 1999, comemorando os 588 anos desta feira), sem stands disseminados pelos arruamentos e tendo por palco o harmonioso coreto. Neste, era costume, aos Domingos e Quintas-Feiras, na quadra estival, ouvir-se a Banda do “21” (Regimento de Infantaria 21), sob a batuta de Costa Lança. Foi também, palco de espetáculos de beneficência, por ali tendo passado destacados artistas da música ligeira.

 

A 15 de Fevereiro de 1951, a Covilhã sofreu uma forte tempestade, acompanhada de um grande ciclone, que destruiu muitas árvores e derrubou o velho cipreste do antigo cemitério. Nessa altura deu lugar a uma nova urbanização que se manteve até aos anos 60.

 

A partir dessa data sofreu grandes alterações, foi demolido o coreto e teve uma nova urbanização, sendo que o povo covilhanense passou a desfrutar de um jardim moderno, retilinto, mas considerado por muitos menos atrativo que o anterior.

 

Nos finais do século XX, este jardim teve novamente obras de requalificação, passando a parque de divertimento, e foi inaugurado a 29 de Julho de 2001.

 

In História da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, António Garcia Borges

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PALACETE JARDIM

 

O Palacete Jardim está situado numa área nobre da cidade, entre a Avenida Frei Heitor Pinto e a Rua Conde da Covilhã, junto ao Jardim Público, de frente para o monumento aos Combatentes da Grande Guerra.

 

Este Palacete foi mandado construir em 1919, pelo antigo proprietário do edifício, o industrial de Lanifícios Joseph Bouhon, nascido na Covilhã, mas que teve origens na Bélgica. Posteriormente, passou à da posse da Família Carneiro.

 

A obra foi projetada pelo Arquiteto Ernesto Korrodi, e é um belo exemplar da Arte Nova no nosso País, um estilo arquitetónico e decorativo dos finais do século XIX. É bem notória a aliança entre os materiais usados pela Arte Nova: o azulejo, liso de forma geométrica, em painéis decorativos; o granito e o mármore, aplicados de forma original e assimétrica; e o ferro utilizado nas varandas.

 

Os azulejos dos painéis decorativos das paredes foram importados da Bélgica bem como as loiças sanitárias e os azulejos das casas de banho, segundo informação cedida pela filha do proprietário, Susana Bouhon, que se casou com o filho de Ernesto Korrodi (filho que também foi arquiteto e se chamava Ernesto Camilo Korrodi ).

 

In História da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, António Garcia Borges

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