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Garagem de São João - Factos e Figuras da História da Covilhã

 

GARAGEM DE SÃO JOÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No local em que se viria a erguer a Garagem de São João existia desde 1875 um teatro denominado de “Teatro Velho”. Na década de 30 do século seguinte, a Câmara Municipal decidiu vender em hasta pública o Teatro Velho. De entre as condições de venda, constava a obrigatoriedade de ali se construir uma nova casa de espectáculos.

 

 

No início dos anos quarenta, uma sociedade empresarial, constituída por Francisco da Silva Ranito, Eurico Jotta Roseta e José Ranito Baltazar, decide dotar a Covilhã de um cinema digno da grande “Manchester Lusitana”, adquirindo para tal o Teatro Velho.

 

O anteprojecto para o Cine-Teatro S. João, assim se chamaria a futura casa de espectáculos, assinado por Luís Filipe Ranito Catalão, deu entrada na Câmara Municipal em 1944. Um ano depois daria entrada o projecto definitivo assinado pelo arquitecto Carlos Ramos, um dos grandes nomes da arquitectura do século XX e um dos introdutores de modernismo em Portugal.

 

O seu projecto para o Cine-Teatro S. João apresentava diferenças significativas em relação ao anteprojecto. A fachada principal, verdadeiramente interessante, conciliava o que parecia inconciliável, modernismo, cenografia e monumentalidade. No entanto o projecto foi mal aceite pelos técnicos da Câmara, Rafael dos Santos Costa, director da repartição técnica, escreveu: … de modo geral o projecto não nos agradou… forma no conjunto um edifício que choca no meio em que vai ser construído.

 

Durante o ano de 1947, foi pedida uma licença à Câmara Municipal para iniciar as obras. Entretanto Raul Rodrigues Lima projectou o Teatro-Cine e não haveria na cidade lugar para duas casas de espectáculos com a grandiosidade proposta, o que obrigou os promotores do Cine-Teatro S. João a optarem por construir, em seu lugar, uma garagem. O projecto data de 1949, sendo assinado por Alexandre Steinkitzer Bastos.

 

A Câmara Municipal, contrariamente aos projectos anteriores, reconheceu a importância desta obra e a 20 de Setembro de 1949, a repartição técnica emitiu o parecer favorável à construção.

 

Após concluída, a garagem não se mantém durante muito tempo sob a direcção da Empresa Nacional de Espectáculos, passou para a Sociedade de Camionagem da Guarda, depois para a Sacor (de Pedro Ordaz), mas foi com o empresário Alberto de Carvalho que ela viveu os seus “últimos dias de glória”.

 

Carlos Madaleno in Notícias da Covilhã

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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