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ADÁGIOS / LENGALENGAS / TRADIÇÕES

 

 

Adágios

 

“ A ovelha era parte da vida das comunidades na Serra. Não admira, pois que esteja presente nos adágios e na sua filosofia de vida “

- Se queres ter ovelhas, anda atrás delas.

- Tola é a ovelha que se confessa ao Lobo.

- Ovelha que berra, bocado que perde.

- Cada ovelha busca a sua parelha.

- Ovelha que é de lobo, nem Sto. António lha tira.

- Pouco gado, pouco assobio.

- Vinho que nasce em Março vai no regaço.

- Quando não chove em Fevereiro, nem bom prado nem bom centeio.

 

 

Lengalengas

 

 

O eco

 

Oh que eco que aqui há!

Que eco é?

É o eco que cá há

O quê? Há eco aqui?

Há cá eco. Há...

 

 

 

Padre Pedro

 

Padre Pedro

Prega pregos

Padre Pedro

 

 

 

Pardal Pardo

 

- Pardal Pardo porque parlas?

Eu parlo e parlarei, porque sou pardal Pardo, parlador de el-rei

 

 

Cada um

 

Cada um que vai a casa de cada um.

É porque quer que cada um lá vá:

Se cada um não quisesse que cada um lá fosse.

Dizia a cada um que não fosse cada um lá.

 

 

As quatro tábuas

 

Eu tenho quatro tábuas.

Todas mal atravincontinquelotadas.

Mandei chamar o atravincontiquelador.

Que mas venha atravincotinquelar melhor.

 

 

Tradições

 

Pelo natal é costume queimar-se no adro das igrejas um grande madeiro que se destina a aquecer o menino que vai nascer.

 

Em algumas terras é tradição roubá-lo noutras, e alguém que o oferece por promessa.

 

À meia-noite, o povo aproxima-se do madeiro.

Na noite de Ano Novo é de uso mandar às portas com farinha.

 

Este costume relembra o “ Milagre das portas “.

 

Pouco tempo após o nascimento de Jesus um soldado de Herodes conseguiu localizá-lo e marcou a porta com farinha, pois era de noite e ele não conhecia bem aqueles sítios. Quando voltou com os companheiros, todas as portas estavam com farinha e desistiu da busca.

 

Também é costume cantar as Janeiras entre o Natal e os Reis.

 

 

O Chá

 

O chá faz parte da vida intima e social da cidade, oferecê-lo, é uma tradição, aceitá-lo uma cortesia. Há casas adaptadas para o tomar, recantos confortáveis, almofadas convidativas. Mesas, segundo circunstâncias para o chá intimo, para o chá de cerimónia. Baixelas, porcelanas e pratos.

 

Aconteça o que acontecer haja calor, frio, nevão ou chuva, o chá está sempre a propósito. Faz parte da vida, dos hábitos. Talvez em nenhuma cidade do País se consuma em tão larga escala. Ricos, pobres, patrões, operários, todos o bebem.

 

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