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PRAÇA DO MUNICÍPIO OU PELOURINHO

 

 

No lugar da antiga Porta da Vila, a mais importante das cinco portas das muralhas medievais, mandaram os Filipes, em 1614, construir o edifício dos Paços do Concelho, referido na época como “o mais majestoso da vila”. Era um grande e pesado edifício, que albergava, para além dos serviços municipais, a prisão do concelho instalada no rés-do-chão e outros serviços públicos.

 

Em frente deste edifício abria-se um vasto terreiro, que viria a transformar-se no centro cívico da cidade. Ao centro levantou-se um pelourinho,que consistia numa coluna de pedra, assente sobre uma plataforma de quatro degraus e tendo por capitel uma roca, com fuste oitavado composto por duas pedras. O pelourinho foi derrubado em 9 de Maio de 1863.

 

Todo este espaço, foi-se pouco a pouco, rodeando de casas e igrejas, adquirindo o estatuto de Praça do Município, vulgo Pelourinho, onde o povo se juntava, na cavaqueira quotidiana, em festanças, em manifestações, procissões, paradas militares, etc. Ali mesmo se fizeram corridas de touros e se realizaram os mercados semanais. Estes deixaram de se realizar ali, a partir de 1944, aquando da inauguração do mercado fechado em S. Vicente.

Das igrejas construídas perto do Pelourinho, permanece a Igreja da Misericórdia, construída no ano a seguir à Restauração, e que tinha em anexo um hospital para pobres.

 

A Praça do Município, foi antigamente uma praça arborizada, com bancos e no centro teve coreto onde, em dias festivos tocavam as Bandas da cidade. Os edifícios envolventes tinham como característica essencial o estilo renascentista.

 

Os “ventos do progresso” que levaram a uma profunda remodelação desta praça, começaram a soprar nos anos 40, que culminou com a inauguração, em 12 de Outubro de 1958 do novo edifício da Câmara Municipal, tendo para a sua construção, sido derrubado o antigo edifício filipino. Com toda esta “modernização” do centro da cidade, a decantada Fonte das Três Bicas foi transferida para perto do Jardim Público. Esta fonte foi construída em 1855, de traça barroca, com colunas trabalhadas e frontões triangulares com pilastras.

 

Do actual edifício dos Paços do Concelho, exemplo da arquitectura do Estado Novo, deve salientar-se o Salão Nobre, com os painéis da autoria do pintor Lino António, representando, quer momentos significativos da história da Covilhã, quer as suas actividades económicas mais importantes. Numa sala contígua, pode também observar-se uma Tapeçaria tipo Portalegre, do professor António Lopes “Covilhã, Cidade Fábrica, Cidade Granja” e que representa vários quadros da vida da Covilhã. No vestíbulo, encontram-se as estátuas de Frei Heitor Pinto e Pêro da Covilhã.

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