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SENHORES DA COVILHÃ
 

1º Senhor da Covilhã
 
Infante D. Henrique (1415 – 1460)
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 2 de Setembro de 1415, no seguimento da Conquista de Ceuta, o Infante D. Henrique recebeu de seu pai, o título de Senhor da Covilhã e a sua Alcaidaria-mor, conjuntamente com o Ducado de Viseu.

 

Nasceu no Porto em 1394, vindo a falecer em Sagres no ano de 1460. A partir de 1420 torna-se Regedor e Governador da Ordem de Cristo, passando a dispor de valiosos recursos e a deter enormes responsabilidades.

 

A sua Casa Senhorial possuía, entre os seus servidores, 36 indivíduos da Beira Baixa, dos quais 20 eram navegadores e destes, 9 eram da Covilhã. Não será ainda de descurar o valor geoestratégico que a Covilhã viria a ganhar no quadro regional, enquanto guardiã da Beira Alta e traço de união entre as duas Beiras.

 

Na Covilhã, e de acordo com a tradição, D. Henrique fundou a Capela de Santa Cruz que mais tarde viria a ser reconstruída pelo Infante D. Luís.

 

 
 
2º Senhor da Covilhã
 
D. Fernando (1460 – 1470)
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 13 de Novembro de 1460 recebe o Senhorio da Covilhã, após a morte de seu tio, o Infante D. Henrique. Filho do Rei D. Duarte e da rainha D. Leonor de Aragão nasceu em 1433, em Almeirim, vindo a falecer em 1470 em Setúbal. Aventureiro, saiu secretamente de Portugal em 1452, sendo o seu navio impedido de atravessar o Estreito de Gibraltar. Participou ao lado do Rei na conquista de Alcácer Ceguer e arrasou a cidade de Anafé em 1468.

 

Por ter sido adotado pelo seu tio, o Infante D. Henrique, torna-se num dos senhores mais poderosos de Portugal. Foi o 1º Duque de Beja e o 2º de Viseu, Condestável do Reino, Governador das Ordens de Cristo e São Tiago, teve os Senhorios da Covilhã, Beja, Moura, Serpa e Lagos.

 

No território da Covilhã, teve ainda a administração dos bens do Mestrado de Cristo e fundou a ferraria do Teixoso, para a qual alcançou privilégio de não pagar qualquer imposto.

 

 

 

 

3º Senhor da Covilhã
 
D. João (1470 – 1472)
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 18 de Setembro de 1470 morre o Infante D. Fernando, sucedendo-lhe, no Senhorio da Covilhã, o seu filho D. João. Herdou os títulos de seu pai, tornando-se, para além de 3º Senhor da Covilhã, 3º Duque de Viseu, 2º Duque de Beja e 2º Senhor de Moura. À semelhança de D. Fernando teve os cargos de Mestre da Ordem de Cristo e da Ordem de Santiago, tornando-se no 7º Condestável de Portugal.

 

Em Julho de 1472, o Rei Afonso V, seu tio, concedeu-lhe a cidade marroquina de Anafé.

 

O Senhorio de D. João foi curto, visto este ter morrido jovem, solteiro e sem descendência.

 

Teve como sucessor o seu irmão, o Infante Diogo.

 

 

 

 

4º Senhor da Covilhã
 
D. Diogo (1472 – 1484)
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 30 de Junho de 1472, é emitida uma carta régia pela qual D. Afonso V autoriza o Infante D. Diogo a suceder, no Senhorio da Covilhã, ao Infante D. João, que morrera prematuramente.

 

D. Diogo, para além dos cargos e mercês herdados do irmão D. João, foi ainda agraciado por Afonso V com os cargos de condestável do Reino e Governador da Ordem de Cristo.

 

Era detentor de grande influência pelo poder que possuía e por ser cunhado do futuro Rei D. João II.

 

Eleito líder dos revoltosos, devido à política centralizadora do Monarca, preparou uma conspiração para assassinar D. João II e o príncipe herdeiro, o que lhe permitiria depois subir ao trono.

 

Tendo o Rei conhecimento desta conjura e, atraindo D. Diogo a Palmela, aí o apunhalou a 27 de Agosto de 1484.

 

 

 

 

 

5º Senhor da Covilhã
 
D. Manuel (1484 – 1521)
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após a morte de D. Diogo, o Senhorio da Covilhã foi entregue a seu irmão, futuro rei D. Manuel I. O Venturoso nasceu em Alcochete em 1469, vindo a falecer em Lisboa em 1521, era o nono filho do Infante D. Fernando. Feito filho adotivo por D. João II e após a morte do Infante D. Afonso, em 1491, alcançou a grande meta dos Descobrimentos: a Viagem, à Índia.

 

Depois de ter recebido em 1484 o Senhorio da Covilhã e Vila Viçosa. O Governo da Ordem de Cristo e a investidura nos ducados de Beja e Viseu, recebeu os cargos de Fronteiro-mor das comarcas de entre Tejo e Guadiana. Além do Guadiana e do Reino do Algarve, de Condestável do Reino das saboarias da coroa, do Senhorio das Ilhas da Madeira, Cabo Verde, Açores, Guarda, Gouveia, dos Castelos de Tavira e Portel. Na Covilhã, para além do referido Senhorio, confirmado em 28 de Maio de 1489, teve ainda a administração de todos os bens do Mestrado de Cristo e a confirmação de privilégios que D. Fernando conseguira para a ferraria do Teixoso. É este monarca que atribui à Covilhã, a 1 de Junho de 1510, o 2º Foral.

 

 

 

6º Senhor da Covilhã
 
D. Luís (1521 – 1555)
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 5 de Agosto de 1527 é confirmado, por D. João III, ao Infante D. Luís, seu irmão, o Senhorio da Covilhã. Este nasceu, em Abrantes, a 3 de Março de 1506, sendo filho de D. Manuel I e da sua segunda esposa, D. Maria de Castela. Veio a alcançar grande notabilidade no seu tempo, como diplomata, cultor das artes e das ciências. Da sua relação com a Covilhã destaca-se o facto de ter aqui residido durante alguns períodos de tempo. Ofereceu à Covilhã uma custódia/relicário com uma relíquia do Santo Lenho tendo, segundo a tradição, refundado a Capela de Santa Cruz.

 

Para além de Senhor da Covilhã, foi duque de Beja, condestável do Reino, fronteiro-mor da comarca de Entre Tejo e Guadiana, Senhor de Ceuta e das vilas de Seia, Salvaterra de Magos, Almada, Moura, Serpa e Marvão e do Concelho de Lafões e Besteiros e, ainda administrador do Priorado do Crato e da Ordem de Malta. Foi pai de D. António Prior do Crato.

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